sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Pegando um baba 2/3 - Campo da Pólvora (Campo dos Mártires)


 ”Para ir ao Campo da Pólvora o caminho era um só e o veículo unicamente um. Todos iam a pé, desde São Pedro. Iam e voltavam e lá , senão tivessem amigos nas vizinhanças que lhes emprestassem cadeiras, teriam que ficar a tarde toda em pé”.
Aloísio de Carvalho Filho, revista Semana Sportive 1922


Tudo começou em 21 de outubro de 1901 quando José Ferreira Junior, o Zuza Ferreira, improvisou um campo de futebol no Campo da Pólvora, que até então era denominado de Campo dos Mártires. Zuza marcou o espaço do gol com duas pedras grandes, dez metros entre uma e outra, sendo também disputado o primeiro jogo. Em 30 de outubro de 1903 foi disputada a primeira partida internacional, por marinheiros americanos que se encontravam em Salvador e um combinado anglo-brasileiro.

Em 9 de abril de 1905, o Campo se tornou oficial com os jogos realizados da Liga Baiana de Esportes Terrestres (atual Campeonato Baiano). A estreia foi com um jogo realizado entre Internacional e Vitória, com uma vitória de 3 a 1 do Internacional. O Campo da Pólvora não tinha arquibancada. O público se posicionava pelos quatro cantos do campo que era "cercado" por cadeiras onde se sentavam as senhoras, além disso o público tinham que se vestir a rigor, pois o futebol naquela época era feito para a elite.


O Campo da Pólvora era arena mesmo. A poeira incomodava e respeitáveis médicos alertavam nos jornais quanto ao perigo dos jogadores e a torcida formada por parentes e amigos contrairem doenças pulmonares.

O Dr. Reis questionava os jogos realizados no Campo da Pólvora, com excesso de poeira para os jogadores e mesmo para o público, já que era um terreno de chão batido. Nessas condições, dizia o ilustre esculápio, a cultura física ”não podia chamar-se cultura da saúde do corpo, mas sim de ruína do corpo”.

Referência:
http://www.ibahia.com




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